Estima-se que o Brasil tenha cerca de 10 milhões de hectares de florestas plantadas para produção de madeira, com as mais diversas finalidades industriais e comerciais. Parece muito, não é? Nem tanto, quando se compara esta área com o tamanho do nosso pais, que tem 850 milhões de hectares. Portanto, apenas 1,2% do Brasil está coberto por plantações florestais — principalmente de Eucalyptus e Pinus. As áreas agrícolas correspondem a outros 8%, as pastagens representam pouco mais que 20% e as cidades ocupam 4% da área total. Já a vegetação nativa, dentre elas a Amazônia, ocupa 66% de todo o nosso território! (Fontes: SFB, Embrapa, IBGE, MMA, FUNAI, DNIT, ANA, MPOG; 2019)
Nas últimas décadas, o agronegócio brasileiro tem alcançado patamares de produção cada vez mais altos. Parte deste crescimento decorre da expansão da área cultivada e outra parte é atribuída a ganhos de produtividade. A tecnologia é, sem dúvida, a maior aliada dos produtores neste aumento de eficiência.
Nas florestas plantadas, o ritmo de expansão da produção é menos intenso pois, entre outros fatores, a produtividade do Eucalyptus, que é referência mundial, tem apresentado certa queda nos últimos anos. Especialistas acreditam que as mudanças climáticas possam estar causando esta perda. A elevação do custo da terra, seja para compra ou arrendamento, também tem dificultado a viabilização de novos plantios florestais.
As expansões das indústrias de base florestal estão impulsionando a demanda futura por madeira. E este ritmo não está sendo acompanhado pela projeção de aumento da produção. Este cenário tende a resultar numa demanda maior que a oferta, elevando o preço da madeira nos próximos anos, o que pode ser ruim para as indústrias consumidoras de madeira, que terão que pagar mais pela matéria-prima, mas ao mesmo tempo se apresenta como oportunidade para investimentos em novas áreas plantadas, de olho nesta demanda crescente no médio e longo prazos. Mas há um segredo para o sucesso: a localização das florestas em relação às indústrias que precisarão desta madeira. Por isso é importante consultar profissionais especialistas quando surgirem dúvidas e demandas neste tema.