Diz a Física que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Isso se aplica a tudo, inclusive ao agronegócio, segmento onde as florestas plantadas também podem ser consideradas parte importante.
Estamos num momento altamente favorável às commodities agrícolas no Brasil, com câmbio favorável à exportação e alta demanda internacional, o que faz os preços subirem, mesmo em moeda estrangeira. Nosso principal cliente mundial, a China, sofreu economicamente menos que o restante do mundo com a pandemia. Todo esse contexto favoreceu os lucros de toda cadeia produtiva agrícola. E com dinheiro em conta, os produtores rurais têm ampliado as áreas cultivadas, elevando o preço das terras.
Já a madeira passou os últimos anos sendo comercializada a preços baixos, que não remuneraram os produtores florestais a contento. Alguns já converteram parte das suas florestas plantadas em agricultura e outros também desanimaram com a baixa rentabilidade obtida. Isso significa menos área plantada e menos madeira sendo produzida, ao mesmo tempo em que projetos de expansão industrial estão elevando a demanda por madeira a níveis inimagináveis. A recente alta dos preços de toras parece confirmar este descompasso.
A disputa por terras para novas florestas e mais agricultura tende a ser intensa!
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